Pobreza diminuiu em 2021: 16,4% portugueses vivem com menos de 551 euros por mês

23 Janeiro 2023

Dados divulgados pelo INE mostram uma melhoria generalizada dos indicadores de pobreza em 2021, depois do grande aumento registado no ano anterior provocado pela pandemia. Ainda assim, Portugal continua a ter 10% de trabalhadores pobres. Em 2022, aumentou a percentagem de pessoas que não conseguem manter a casa devidamente aquecida, nem garantir uma refeição com carne ou peixe de dois em dois dias

A pobreza em Portugal diminuiu em 2021, depois de uma grande subida no ano anterior provocada pela pandemia. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta sexta-feira, 16,4% da população estava em risco de pobreza em 2021. Isso significa que quase 1,7 milhões de portugueses viviam com menos de 551 euros por mês.

Apesar de a percentagem da população a viver em situação de pobreza em 2021 já ficar abaixo dos 18,4% registados em 2020, ainda não recuou totalmente ao nível anterior à pandemia (16,2% em 2019).

Os dados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado em 2022 sobre rendimentos do ano anterior, mostram que a diminuição da pobreza abrangeu todos os grupos etários, sendo mais significativa para a população idosa.

Também desceu em quase todo o tipo de famílias, com uma exceção: as que são constituídas por dois adultos e duas crianças. Em 2021, 12,8% destas famílias eram pobres, acima dos 11,8% dos 2020.

Também se verificou uma redução da percentagem de trabalhadores pobres, ou seja, portugueses que têm trabalho mas que mesmo assim vivem com menos de 551 euros por mês. Essa percentagem passou de 11,2% em 2020 para 10,3% em 2021.

A pobreza em Portugal diminuiu em 2021, depois de uma grande subida no ano anterior provocada pela pandemia. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta sexta-feira, 16,4% da população estava em risco de pobreza em 2021. Isso significa que quase 1,7 milhões de portugueses viviam com menos de 551 euros por mês.

Apesar de a percentagem da população a viver em situação de pobreza em 2021 já ficar abaixo dos 18,4% registados em 2020, ainda não recuou totalmente ao nível anterior à pandemia (16,2% em 2019).

RISCO DE POBREZA

Os dados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado em 2022 sobre rendimentos do ano anterior, mostram que a diminuição da pobreza abrangeu todos os grupos etários, sendo mais significativa para a população idosa.

Também desceu em quase todo o tipo de famílias, com uma exceção: as que são constituídas por dois adultos e duas crianças. Em 2021, 12,8% destas famílias eram pobres, acima dos 11,8% dos 2020.

Também se verificou uma redução da percentagem de trabalhadores pobres, ou seja, portugueses que têm trabalho mas que mesmo assim vivem com menos de 551 euros por mês. Essa percentagem passou de 11,2% em 2020 para 10,3% em 2021.

É de salientar ainda que continua a haver algumas diferenças no nível de pobreza entre as várias regiões: no Algarve, Açores e Madeira registou-se um ligeiro aumento em relação a 2020, ao contrário do que aconteceu no Norte, Centro, Alentejo e Área Metropolitana de Lisboa.

No indicador europeu usado para comparar todos os países, a que é dado o nome de ‘taxa de risco de pobreza ou exclusão social’ e que é mais abrangente na forma como mede as dificuldades da população, Portugal também viu a sua situação melhorar. A taxa foi de 19,4%, já abaixo dos 22,4% do ano anterior. Ainda assim, isso significa que 2 milhões de portugueses vivem em risco de pobreza ou em situações de reduzido acesso ao mercado de trabalho ou com uma privação material severa.

E em 2022?

Os dados agora divulgados pelo INE dizem ainda respeito, essencialmente, ao ano de 2021, apesar de o inquérito ter sido já realizado no ano passado.

As únicas informações relativas a 2022 são sobre o nível de privação material da população e mostram que aumentou a percentagem de pessoas sem capacidade financeira para manter a casa adequadamente aquecida. Essa dificuldade era sentida por 17,5% da população no ano passado, acima dos 16,4% em 2021.

Agravaram-se também as dificuldades em pagar uma refeição de carne ou peixe (ou equivalente vegetariano) de dois em dois dias. A percentagem de famílias sem capacidade financeira para o fazer passou de 2,4% em 2020 para 3% em 2021.

E mais de um terço dos portugueses (37,2%) vivem em agregados sem capacidade para pagar uma semana de férias por ano fora de casa (acima dos 36,2% em 2020).

 

Fonte: Expresso