Número de desempregados aumenta pelo quinto mês consecutivo e já ultrapassa os 300 mil

24 Janeiro 2023

Dezembro registou a subida mais alta dos últimos cinco meses (3,5%). No final do ano, Portugal contava com mais de 307 mil pessoas inscritas nos centros de emprego.

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) registou, em dezembro, o quinto mês de uma leva a somar desempregados. Segundo dados divulgados pelo organismo esta segunda-feira, 2022 fechou com 307 mil pessoas inscritas nos centros de empregos do país, o que significa que, de novembro para lá, mais 10 282 pessoas ficaram em situação de desemprego. Trata-se do maior aumento em cadeia dos últimos cinco meses: 1,9% em agosto, 1,6% em setembro, 0,7% em outubro, 2,6% em novembro, 3,5% em dezembro.

Olhando para os números do último mês do ano, verifica-se uma diminuição de 11,8% face ao período homólogo – menos 40 954 pessoas inscritas – e de 1,1%, isto é, menos 3477 desempregados, em relação à igual época em 2019. Já tendo em conta os últimos 30 anos, o passado mês conquistou o “selo” de dezembro com menos desemprego, tendo atingido o nível mais baixo desde então.

Também o valor do desemprego jovem foi o mais baixo naquele mês desde que há registo, tendo diminuído 1,6% (-540 jovens inscritos) face a novembro e 10,3% (-3731) quando lado a lado com dezembro de 2021. De acordo com o instituto, no final do ano havia 32 426 jovens em situação de desemprego, menos 0,5% (-154) do que o igual mês de 2019. Atualmente, os jovens representam 10,6% do desemprego registado – em 2021, o valor era de 11%.

Já o desemprego de longa duração registou uma diminuição de 28,8% face a dezembro de 2021 (-49 351 pessoas), estando nesta situação, à data, 121 723 pessoas, mais 0,3% do que em novembro de 2022 (+321 pessoas), mas 2,6 abaixo do nível observado no mesmo mês de 2019 (-3252 pessoas).

Analisando o desemprego pelas regiões do país, a diminuição foi generalizada, segundo o IEFP, destacando-se Leiria, onde a redução foi de 14,8%. No que respeita aos patamares pré-pandémicos, o desemprego ficou abaixo do registado em dezembro de 2019 nas regiões Norte (-6,5%) e Centro (-2,8%), mantendo-se acima nas regiões do Algarve (+14,3%), Lisboa e Vale do Tejo (+10,2%) e Alentejo (+3,6%).

Já no que toca ao nível setorial, em termos homólogos, registaram-se descidas nos setores “Secundário” (-11,5%) e “Terciário” (-11,5%), e uma subida no setor “Agrícola” (+1,4%).

Apesar da subida consecutiva que marcou quase a totalidade do segundo semestre, o IEFP afirma, em forma de resumo, que “2022 foi, no geral, o melhor ano em termos de desemprego registado, tendo assinalado, desde março, valores sistematicamente mais baixos do que os valores homólogos de 2019”. O mesmo sucede com o desemprego jovem, que, à exceção de janeiro e junho, conheceu patamares mais baixos do que no ano anterior à pandemia de covid-19.

 

Fonte: Dinheiro Vivo