Taxa de desemprego cai para 5,9% no primeiro trimestre

17 Maio 2022

A taxa de desemprego fixou-se em 5,9% no primeiro trimestre de 2021, o que compara com 6,3% no trimestre anterior e 7,1% no período homólogo. O número de pessoas empregadas cresceu para 4,9 milhões
taxa de desemprego em Portugal recuou no primeiro trimestre de 2022, atingindo 5,9%, o que compara com 6,3% no último trimestre do ano passado, indicam os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta quarta-feira. É também um recuo face ao mesmo período do ano passado, quando a taxa de desemprego atingiu os 7,1%.

De acordo com a nota do gabinete estatístico, o número de desempregados – isto é, pessoas sem emprego, mas que estão ativamente à procura – atingiu as 308,4 mil pessoas, menos 6,7% que no trimestre anterior e menos 14,3% que no trimestre homólogo.

Quanto ao desemprego jovem, entre os 15 e os 24 anos, diminuiu para 20,6%, “valor inferior em 2,8 p.p. [pontos percentuais] ao do trimestre anterior e em 3,5 p.p. ao do trimestre homólogo”, ainda assim superior aos valores pré-pandemia.

Os últimos dados do INE mostravam um aumento da taxa de desemprego em março (para 5,7%), contudo, no total do trimestre o desemprego recuou face ao trimestre anterior. De notar, contudo, que a taxa de desemprego trimestral não é ajustada à sazonalidade ao contrário da taxa mensal e, tradicionalmente, o primeiro trimestre é mais “negro” para o mercado de trabalho do que o segundo ou terceiro trimestre do ano, por causa do turismo e da agricultura.

O mercado de trabalho está, assim, a beneficiar da recuperação da economia com o aligeirar de restrições e parece ainda não estar a ser fortemente afetado pela inflação e pela guerra na Ucrânia. Esta descida está em linha com o crescimento da economia no primeiro trimestre, que surpreendeu todas as expectativas, com o Produto Interno Bruto a crescer 11,9%, depois das projeções dos economistas ouvidos pelo Expresso apontarem, em média, para uma expansão de 9,3%.

Relativamente às pessoas empregadas, o número aumentou para 4,9 milhões, mais 0,4% que no último trimestre de 2021 e mais 4,7% que no período homólogo.

O INE refere ainda que a subutilização do trabalho (que abrange os desempregados “oficiais”, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos disponíveis para trabalhar mas que não procuraram ativamente emprego, e os inativos que procuraram trabalho mas não estavam disponíveis no imediato) abrangeu 618,2 mil pessoas no trimestre em análise, isto é, menos 1,9% que no trimestre anterior e 17,2% que nos primeiros três meses do ano passado.

Fonte: Rita Robalo Rosa, in Expresso